Por Natália Flores
A propaganda eleitoral é o processo pelo qual candidatas e candidatos buscam captar o voto das cidadãs e cidadãos, em relação aos diferentes projetos, ideias e propostas de suas candidaturas, para a construção do nosso país. Até aí, tudo certo.
Isso, porém, deve ser feito conforme a lei.
São todos os tipos de materiais, instalados ou entregues, e atividades que são realizadas nas cidades, onde qualquer pessoa tem o direito de estar e circular livremente. Isso inclui espaços abertos, como praças, ruas e parques; ou fechados, como centros comunitários, centros de saúde e outros.
Podem ser impressos, como cartas e panfletos, ou em outros formatos, a exemplo de banners, cartazes, outdoors e etc.
Não deixe de ler toda esta guia para ver com mais detalhes em que consiste cada material de campanha.
Podem ser “porta a porta”, em praças comunitárias, com visitas a feiras livres, montagem de estandes com informações, entre outras ações, realizadas por ativistas ou apoiadores, nas vias públicas, por meio de bandeiras, faixas ou outros elementos não fixos, que identifiquem a candidatura.
Se precisar de mais informações sobre o cumprimento de regulamentos e prazos de publicidade, você pode consultar este documento
Sobre a autora: Natália Flores é feminista e graduada em Ciências Sociais pela Universidade La República. Tem se desenvolvido na área da formação política dirigida a mulheres em espaços políticos, sindicatos e jovens de ambos os sexos; e na pesquisa e defesa da produção legislativa e das políticas públicas a partir de uma postura feminista. Especialista em posicionamento e comunicação política, assessora uma série de atores políticos, lideranças e candidatos em campanhas eleitorais. Atualmente é coordenadora do Programa de Gênero do Instituto Igualdade.
*A autora deste material inicialmente o escreveu para o Chile, portanto, o conteúdo foi adaptado aqui para o Brasil.
Nas campanhas eleitorais, uma série de materiais são utilizados. Neles, são incorporados conteúdos, ideias e propostas das candidatas. Neste guia, abordaremos o tipo mais comum: flyers.
Os flyers, também conhecidos como panfletos, estão entre os mais populares da propaganda eleitoral, pois permitem, em uma única folha de papel, incorporar informações variadas sobre as nossas candidaturas.
Você já viu flyers que parecem ter exigido muito dinheiro para serem produzidos e imediatamente pensou: “Eu não tenho tanto dinheiro assim!”
Não se preocupe! Aqui, compartilharemos algumas dicas e ideias que permitirão que você planeje com mais eficiência e, assim, poupe o seu orçamento.
Lembre-se de sempre usar uma linguagem inclusiva de gênero e não incorporar imagens que reforcem estereótipos ou preconceitos.
É importante que você saiba que pode criar flyers diferentes, dependendo do estágio em que está a sua campanha. Geralmente, três tipos são utilizados:
Enviar um grande número de flyers para impressão imediata será sempre muito mais barato do que imprimir várias vezes pequenas quantidades.
Para isso, é importante saber muito bem quantos flyers você precisa. Mas como fazer esse cálculo?
Há outra série de materiais de campanha que não são considerados “espaço público”, mas, sim, privados. Abaixo, listamos alguns exemplos:
Sobre a autora: Natália Flores é feminista e graduada em Ciências Sociais pela Universidade La República. Tem se desenvolvido na área da formação política dirigida a mulheres em espaços políticos, sindicatos e jovens de ambos os sexos; e na pesquisa e defesa da produção legislativa e das políticas públicas a partir de uma postura feminista. Especialista em posicionamento e comunicação política, assessora uma série de atores políticos, lideranças e candidatos em campanhas eleitorais. Atualmente é coordenadora do Programa de Gênero do Instituto Igualdade.
Depois de ter seus folhetos, é hora de desenhar sua estratégia de implantação territorial para o mais importante: conversar com as pessoas que são possíveis específicas e que você e sua equipe devem alcançar as ideias e propostas que acompanham a candidatura.
Uma das primeiras decisões que você deve tomar, antes de sair, é definir quais lugares irão priorizar no seu passeio. Não tente abranger todos os cantos do seu município, cidade ou estado, pois a extensão não permite. Para isso, é importante que você faça, previamente, uma análise conhecida como “política eleitoral”, que implica ter em mãos informações sobre os resultados eleitorais dos processos anteriores. Para começar a construí-la, você pode revisar este curso:
Existem alguns elementos que você deve levar em conta, em qualquer tipo de atividade de desenvolvimento territorial que você realizar:
Existem vários tipos de atividades para alcançar um bom desenvolvimento territorial. A seguir, vamos listar três dicas:
Corresponde a locais específicos, onde encontre sua equipe para entregar o material de propaganda (folhetos) e converse com quem passar.
Os pontos mais utilizados para esse tipo de atividade são: entradas e saídas de estações de transporte, pontos de ônibus, universidades e etc.
Esta atividade consiste em percorrer as casas dos territórios da circunscrição eleitoral a que se candidata, bater às portas e conversar com as pessoas. Também é conhecido como “porta a porta”. O planejamento é feito em torno de ruas, quarteirões ou quadras.
As feiras são comércios, que funcionam, periodicamente, nas ruas dos diversos bairros. Nelas, uma série de alimentos, como verduras, frutas e peixes, são vendidos a baixo custo, reunindo, assim, grande parte da população que vive em seus arredores. É por isso que costumam ser muito visitados em período de eleições.
*O autor deste material foi inicialmente escrito para o Chile, por isso foi adaptado aqui para o Brasil
[citação] Sobre a autora: Natália Flores é feminista e graduada em Ciências Sociais pela Universidade La República. Tem se desenvolvido na área de formação política dirigida a mulheres em espaços políticos, sindicatos e jovens de ambos os sexos; e na pesquisa e defesa da produção legislativa e das políticas públicas a partir de uma postura feminista. Especialista em posicionamento e comunicação política, assessora uma série de atores políticos, lideranças e candidatos em campanhas eleitorais. Atualmente é coordenadora do Programa de Gênero do Instituto Igualdade. [/citar]
Conteúdo atualizado em 13 de dezembro, de 2023.
Para utilizar os mapas de Liane você precisa cadastrar seus endereços manualmente. Para acessar e organizar essas informações, você pode enviar formulários ao seu público, pedindo que preencham esses dados, ou importar uma base de contatos com endereços para o Diretório de Pessoas.
Com os dados em mãos, uma função interessante oferecida pela ferramenta é a de planejar e registrar suas ações de rua. As camadas do mapa de Liane são maravilhosas e sua equipe de estratégia de rua vai adorar! Você pode desenhar quantas camadas precisar e ela só vai aparecer no mapa quando estiver selecionada.
Cada ponto, traço, forma ou camada também pode ter cores, títulos e descrições diferentes.
Se você tiver suas voluntárias marcadas no mapa, pode facilmente convocá-las para ações em seus bairros.
Além de ser uma excelente ferramenta de planejamento territorial, você ainda pode usá-la para monitorar as ações e depois para registrar e avaliar os resultados eleitorais.
Se você atende a esses requisitos, basta acessar o site da Liane e se cadastrar. Liane é um produto em fase Beta e, por enquanto, gratuito. Sua colaboração com opiniões sobre ela é super bem-vinda e contribuirá com o aprimoramento da ferramenta.
QUER USAR LIANE?
Certifique-se de que a sua campanha possui:
Vivemos em uma época em que as estratégias de campanha, tradicionalmente utilizadas nas eleições passadas, precisam ser acompanhadas de novas táticas para que possamos chegar às eleições.
As eleições para o Congresso Nacional são as mais importantes do país. Afinal, é lá que os representantes de todos os estados brasileiros estarão reunidos. Seja na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal, os parlamentares têm a missão de representar o povo, por meio de legislações, fiscalizações e controle político. Vale acrescentar que esses deputados e senadores são politicamente responsáveis, perante toda a sociedade, pelo cumprimento de diversas obrigações.
Quando falamos de uma campanha de rua para o Congresso Nacional, destacamos a importância de você estar aberto a novas ideias e à muita criatividade!
Mas fique tranquilo: se você está concorrendo a uma outra eleição (para deputada estadual ou distrital, por exemplo), não se preocupe! Você pode adaptar algumas dessas mesmas ideias ou desenvolver outras ainda mais criativas, que melhor se adequem à sua campanha.
Abaixo, propomos algumas atividades, para que você realize uma campanha de rua inovadora e criativa!
* As seguintes iniciativas são adaptações das ideias originais de Natália Flores.
O convite é para construir, junto com os cidadãos – e possíveis candidatos -, os mandatários do Congresso Nacional.
Para fazer isso, você precisará de uma gigantografia doméstica. Calma, não entre em pânico! Isso quer dizer uma impressão em grande formato, para melhor visualização (no caso, de todo o Congresso Nacional). E lembre-se: não é necessário imprimir. Você mesmo pode fazer, junto com sua equipe, desenhando as cadeiras em papel craft ou cartolina.
O objetivo é escrever, em parceria com as pessoas que participam da ação. Converse e pergunte: quais são as ideias e propostas que vocês acham que deveriam estar no Congresso Nacional?
Tenha à mão papel auto adesivo colorido (post-its funcionam super bem!), para que as pessoas escrevam suas ideias e colem no papel.
Aqui está um exemplo de como essa ideia foi realizada, no Chile, durante as eleições de 2021:
Você se lembra de, quando era criança, desenhar seus sonhos e esperanças nas ruas da cidade? Esta atividade convida você a voltar àqueles tempos.
Convide seus vizinhos a escrever e pintar calçadas, becos e ruas com os direitos que devem garantir o exercício dos representantes do Congresso Nacional. Para isso, você precisará de caixas com giz colorido e muita imaginação.
Você poderá fazer esta atividade, preferencialmente, em praças públicas.
Faça uma gigantografia (ufa, agora você já sabe o que é!), onde você poderá escrever receitas com os produtos disponíveis na feira local. Depois, faça outra, intitulada “Receitas para um novo Congresso Nacional” . Converse com as pessoas sobre o que elas vão preparar, considerando os alimentos que você vai comer na feira, e compartilhe suas receitas também. Na sequência, convide-as a deixar uma outra “receita”, desta vez, para preparar um novo Congresso Nacional!
Aqui estão algumas ideias de perguntas que você pode fazer:
*Esta iniciativa pode ser aplicada se, na zona onde você realizará sua campanha, existirem hortas comunitárias ou iniciativas com um propósito semelhante.
Planeje uma atividade de plantio, em uma horta rural ou urbana. Você precisará de sementes e ferramentas de jardinagem (se não tiver, pode substituí-las por pequenas pás e utensílios em desuso, que você já tenha em casa).
Distribui, pelo local, pequenos cartazes, identificando as diferentes funções do Congresso Nacional (exemplos de legislações, fiscalizações e controle político). Convide os participantes para escolherem em qual área querem plantar. Peça para que, enquanto plantem as sensações, falem sobre as ideias e propostas que têm para um novo Congresso Nacional.
Assim como essas sementes devem ser cuidadas, para que cresçam e gerem bons frutos, a organização dos presentes permitirá que um novo Congresso Nacional seja germinado.
Conteúdo atualizado em 13 de dezembro, de 2023.
[citação] Sobre a autora: Natália Flores é feminista e graduada em Ciências Sociais pela Universidade La República. Tem se desenvolvido na área de formação política dirigida a mulheres em espaços políticos, sindicatos e jovens de ambos os sexos; e na pesquisa e defesa da produção legislativa e das políticas públicas a partir de uma postura feminista. Especialista em posicionamento e comunicação política, assessora uma série de atores políticos, lideranças e candidatos em campanhas eleitorais. Atualmente é coordenadora do Programa de Gênero do Instituto Igualdade. [/citar]
As campanhas eleitorais tradicionais são conhecidas por causar grande impacto ao meio ambiente, principalmente, por meio da propaganda eleitoral de rua. Estima-se que, em apenas uma cidade, possam ser geradas mais de 50 mil toneladas do que é conhecido como “lixo eleitoral”.
É muito possível, também, que, em suas propostas, você incorpore ideias para proteger o meio ambiente. Por isso, convidamos você a ser ambientalmente responsável e a fazer uma campanha sustentável!
Um exemplo foi a campanha de Juan Manuel Asturias na Guatemala, sobre a qual você pode saber mais aqui.
É muito importante que você evite utilizar todo e qualquer tipo de material contaminante. Além disso, não marque bobeira! O melhor conselho para a sustentabilidade ambiental de sua publicidade são os três Rs: reduzir, reciclar e reutilizar.
Uma campanha sustentável e que respeita o meio ambiente é uma campanha valorizada pela comunidade.
Sobre a autora: Natália Flores é feminista e graduada em Ciências Sociais pela Universidade La República. Tem se desenvolvido na área da formação política dirigida a mulheres em espaços políticos, sindicatos e jovens de ambos os sexos; e na pesquisa e defesa da produção legislativa e das políticas públicas a partir de uma postura feminista. Especialista em posicionamento e comunicação política, assessora uma série de atores políticos, lideranças e candidatos em campanhas eleitorais. Atualmente é coordenadora do Programa de Gênero do Instituto Igualdade.