“Por que não você?”, Foi essa pergunta que Marina Helou, jovem e falasse de sustentabilidade, quando estava procurando uma campanha de alguém para apoiar que fosse mulher, jovem e falasse de sustentabilidade. Marina nunca tinha pensando em ser candidata, mas tinha vontade de contribuir para o coletivo por sentido que cada vez mais as grandes decisões são voltadas na esfera política e mais mulheres precisam ocupar esse espaço.
“A imagem de quem ocupa esse espaço, não era de uma mulher jovem. Sempre foi de homens mais velhos, brancos, ricos, de família política, tudo que era muito distante da minha realidade ”, deputada estadual Marina Helou.
Marina não tem família, não tinha conhecidos na política e não sabia nada sobre campanha. Então, como conseguir recursos, apoio financeiro e de pessoal? Marina recorreu ao celular e à toda a sua agenda de contatos. Sério? Sério, simples assim. E o resultado deu muito certo!
Marina fez uma lista gigante com todas as pessoas que ela conhecia – tipo pessoas da vida inteira – e também contatos próximos de familiares, amigas e amigos, e relacionado em uma planilha. Com o contato dessas pessoas, ela passou horas ligando para cada um, falando da sua candidatura e 6 opções de engajamento com a campanha em que essas pessoas foram colaborar: from doar dinheiro até panfletar.
Em nenhum momento ela como convidou para se tornarem voluntários por acreditar que esse termo gera uma pressão muito grande e que não é algo que as pessoas topariam tão facilmente.
“Todo mundo fala muito da gestão de voluntárias, mas na minha campanha, a gestão de voluntárias tinha uma pressão muito grande, difícil de gerir, e muita gente não quer se comprometer com esse termo, né: voluntariado. Então eu não chamava o pessoal da minha campanha de voluntárias, mas eu fiz uma gestão de contatos mesmo, de relacionamento ”, deputada estadual Marina Helou.
Como fazer
- Organização primeiro: Coloque em uma lista de todos os contatos de todas as pessoas que você conhece: amigas, ex-colegas, vizinhas, familiares próximos e distantes. Lembre-se de pedir também informações de pessoas que seus familiares e amigas próximos conhecer; assim sua rede fica maior ainda!
Aqui na Im.pulsa nós temos um modelo prontinho de planilha para essa gestão de contatos. Basta clicar aqui , salvar uma cópia no seu Drive e atualizar com os dados dos seus contatos e as próximas dicas da Marina. 😉
2 – Divisão de tarefas: Na mesma planilha com os contatos, coloque as ações em que eles podem ajudar. A Marina definiu seis. Veja só:
- Topa receber material de campanha para distribuir. Uma equipe
- envia um pacote de panfletos para a casa dessa pessoa;
- Topa fazer uma roda de conversa para que você vá à casa dela e se apresente para as amigas dessa pessoa;
- Topa doar dinheiro para a campanha;
- Topa colar um adesivo com seu número no carro dela;
- Topa ir panfletar junto com você;
- Topa distribuir cartinhas para vizinhas da rua ou no condomínio dizendo que te apoia e pede o voto para você; – nesse caso, a equipe da Marina recebe cartas totalmente personalizadas com dados da vizinhança que receberia a carta e do apoiador que a entregaria. Ela contou que essa ação resultou em muito engajamento exatamente por ser muito personalizada.
3 – Ligações pessoais: Ligue para essas pessoas e pergunte em qual das ações ela topa te ajudar. Se a pessoa topar tudo, maravilha! Se topar só uma ou duas ações também é maravilhoso, qualquer ajuda é bem-vinda! O importante aqui é só gerir toda a logística que vem a seguir.
4 – Acompanhamento constante: Coloque alguém da sua equipe para ser responsável por gerenciar como demandas após esse primeiro contato. Ou seja: se alguém aceitou doar, então ela precisa do link de doação; se topou fazer a roda de conversa, ela precisa combinar o dia; e por aí vai. O importante é não desperdiçar o apoio dessas pessoas, entregue tudo certinho e se organizar, em primeiro lugar.
Dica: Seja você, candidata, responsável por fazer a primeira ligação para todo o mundo da lista. Isso é muito importante. Depois, a equipe pode tomar as rédeas e ligar nas próximas vezes para verificar os dados do panfletaço ou se uma pessoa comum o material.
5 – Alimente essa lista: Para todo lugar que a Marina ia, ela passava uma lista de contatos perguntando se alguém queria receber mais informações da campanha ou se gostaria de ajudar. Se a pessoa sinalizasse que queria ajudar, ela também era cadastrada nessa lista com os contatos e recebia uma ligação perguntando em que, das seis opções, ela poderia colaborar.
6 – Engaje nas redes sociais: Além dessa estratégia de gestão de contatos; nas redes sociais, a Marina fez uma série de posts para engajar, seguidoras e seguidores e também fazer com que elas se somassem ao bonde das apoiadoras. Como postagens sugeriam mini-ações, como: “marque três amigas”, “mude sua capa do Facebook”, “faça uma lista de transmissão no WhatsApp para falar da Marina”, entre outros.
Exemplos de posts
Outra estratégia da Marina era ter um grupo no WhatsApp com essas pessoas que aceitavam ajudar de alguma forma. Nesse núcleo, ela enviava materiais e pedia o feedback das pessoas. Ali também eram discutidas ideias e propostas de campanha.
De forma bem concreta, elas eram voluntárias, mas nunca eram chamadas assim. Chamávamos de gestão de contatos e essa ação demanda bastante organização. Nós também continuamos a alimentar a lista de forma bem pragmática e objetiva sem perspectiva e essa pressão delas serem voluntárias, deputada estadual Marina Helou.
Resultados práticos
Marina foi eleita deputada estadual de São Paulo aos 31 anos e com 40 mil votos.
“Os resultados práticos foram realmente uma gestão de contatos muito mais eficiente, com muita gente que pode ajudar trabalhando pela campanha em atividades claras, em coisas que davam resultados concretos e voto”, deputada estadual Marina Helou.