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A conta não fecha: precisamos falar sobre a distribuição dos recursos eleitorais.

As mulheres representam 53% do eleitorado brasileiro e 51,1% da população.
Elas são também quase metade das filiadas aos partidos políticos.
MAS, são apenas 33% das candidatas às eleições proporcionais, para os cargos de deputadas federais e estaduais. E apenas 15% para a Câmara Federal e menos de 15% para o Senado.

Diante desse cenário, A Tenda criou a campanha “A CONTA NÃO FECHA!” para denunciar a sub-representação de gênero e raça na política e pressionar por uma mudança significativa nas Eleições de 2022. Para isso, precisamos não apenas incentivar o eleitorado a votar em mulheres negras, mas também os partidos a investirem política e financeiramente nessas candidaturas. Embora dinheiro não garanta a vitória, o fato é que sem recursos não há campanha digna! Afirmamos que os recursos eleitorais têm gênero e têm cor.

Precisamos garantir que o mínimo de 30% dos recursos públicos eleitorais para as campanhas de mulheres e a divisão proporcional entre candidaturas negras e brancas previstos por lei e detalhados na Resolução TSE nº 23.664/2021, não apenas cheguem, mas que cheguem na hora certa.

Negligenciar o financiamento para campanhas de mulheres, principalmente negras, é violência de gênero e raça!

Acreditamos que a distribuição mais igualitária do fundo eleitoral tende a produzir uma política mais justa e mais representativa. Por isso, A Tenda elaborou um guia prático “Desculpas não pagam minhas contas”, baseado na sua atuação realizada nos últimos anos, para auxiliar as candidatas nesse momento chave, o da negociação de recursos com o partido. Além dele, disponibilizou um modelo de requerimento para que as candidatas possam baixar, preencher e formalizar junto ao partido o pedido para que a distribuição do fundo eleitoral seja realizada de acordo com as leis eleitorais.

Clique aqui e acesse o site da campanha “A conta não fecha” para baixar o seu guia

danyelle

Dany Fioravanti é comunicadora - ativista e periférica - com 14 anos de experiência em causas como desigualdade, gênero e diversidades, educação ambiental e participação política. Trabalhou em projetos sociais no Brasil e no Equador. Foi Assessora Especial de Comunicação da Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher da Cidade do Rio e, atualmente coordena a Im.pulsa. Dany também é Especialista em Políticas do Cuidado com perspectiva de gênero pelo CLACSO.