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Candidatas das periferias de SP sofrem ataques virtuais e intimidação durante disputa eleitoral

De lives hackeadas a ameaças e xingamentos, mulheres ainda sofrem preconceito para ingressar na política formal

Não ler os comentários e simplesmente continuar rolando o feed. Foi quando ainda era uma jovem militante no movimento estudantil que a candidata a vereadora em São Paulo, Erika Hilton (PSOL), 27, aprendeu uma das estratégias que utiliza até hoje para evitar o desgaste emocional que comentários de ódio e xingamentos podem causar nas redes sociais. De acordo com dados do MonitorA, projeto realizado pela Revista AzMina, junto ao InternetLab, com parceria do Instituto Update, Erika foi a candidata ao legislativo paulistano mais ofendida no Twitter durante a campanha eleitoral.

“Um dia em contato com uma ativista mais velha, ela me falou: ‘ler comentário dá câncer, não faça isso, não leia, eles estão aí para te paralisar, para te desestimular’. E desde então eu aprendi a não ler comentários”, relembra a candidata, que já foi eleita em 2018 como co-deputada no estado de São Paulo pela Bancada Ativista (PSOL).

O estudo coletou e analisou comentários com engajamento (likes e/ou retweets) direcionadas a diversas candidatas entre 27 de setembro e 27 de outubro, revelando que elas recebem uma média de 40 xingamentos por dia no Twitter durante o período.

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